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Nova usina de castanha em Beruri deve produzir 200 toneladas por ano

Iniciativa assistida pelo Edital Floresta em Pé, chamada pública da FAS, beneficia mais de 340 famílias em 45 comunidades na RDS Piagaçú-Purus, em terras indígenas e na sede municipal

Castanha do Brasil ou castanha da Amazônia? Seja qual for o nome, a castanha é uma das principais e mais rentáveis cadeias produtivas do Estado, com forte impacto na economia. Comunidades e associações de extrativistas por todo o Amazonas contribuem para fazer dela um importante arranjo produtivo, recebendo inclusive incentivos por meio de parcerias entre poder público, institutos e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS). É o que acontece em Beruri, a 173 quilômetros de Manaus, tanto na sede como em comunidades na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçú-Purus e em terras indígenas.

Uma usina de beneficiamento de castanha já usada por produtores e extrativistas locais, e localizada na sede do município de Beruri, foi reformada e ampliada por meio do Edital Floresta em Pé, a chamada pública da FAS para arranjos produtivos. Com um aporte de R$ 150 mil, oriundos de financiamento do Fundo Amazônia/BNDES, o empreendimento recebeu melhorias de infraestrutura e foi entregue durante cerimônia com o secretário de Estado de Produção Rural (Sepror), Petrucio Magalhães, o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana, e as deputadas estaduais Joana Darc e Alessandra Campêlo.

Com a nova usina, a produção de castanhas deve chegar em 200 toneladas beneficiadas ao ano, isto é, a produção final do fruto já sem cascas, só as amêndoas, e ainda um aumento da capacidade de armazenamento de castanha in natura em 750 toneladas por ano. Atualmente, produção anual da castanha já beneficiada gira em torno de 140 toneladas. É o que explica Sandra Soares Neves, e gestora da usina e presidente da Associação dos Agropecuários de Beruri (Assoab), a instituição que coordenou o projeto junto ao Edital Floresta em Pé e que recebeu o aporte financeiro.

“O Floresta em Pé nos promoveu esse recurso para ampliar a usina e isso vai aumentar a nossa capacidade de produção e o número de famílias extrativistas beneficiadas nas Unidades de Conservação e terras indígenas”, disse Sandra. Segundo ela, 344 famílias em 45 comunidades da RDS Piagaçú-Purus, das Terras Indígenas Itixi Mitari e Lago do Ayapuá e na sede do município de Beruri estão sendo impactadas diretamente com a produção de castanha. A expectativa é aumentar o número de famílias para 465, sendo 400 famílias extrativistas nas comunidades e 65 dentro da usina.

 

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O que acontece se eu comer selênio de menos (ou de mais)?

Comum na castanha-do-pará, este mineral previne infecções, problemas na tireoide e Alzheimer. Mas o excesso pode ser tóxico. Conheça os limites

“Uma castanha-do-pará por dia para cuidar da saúde”: você provavelmente já se deparou com essa máxima por aí. E o culpado por isso tem nome: selênio, mineral abundante nessa oleaginosa e que é essencial para o bom funcionamento do corpo.


Por causa de suas funções antioxidantes, ele fortalece o sistema imunológico e ajuda na prevenção de um rol de doenças, desde disfunções na tireoide até o Alzheimer, passando, no meio desse caminho, pelo câncer. Não à toa, a leitora Daniela Gomes pediu mais informações sobre a quantidade ideal de selênio que a gente deveria ingerir por dia.
Benefícios à saúde
Hoje pesquisadora da Universidade de Deakin, na Austrália, a nutricionista Bárbara Rita Cardoso participou de estudos da Universidade de São Paulo que desvendaram a mãozinha dada pelo nutriente à saúde cerebral. “Mas o selênio traz vantagens a diversos órgãos e tecidos”, explica.
Isso acontece em virtude da enzima glutationa peroxidase, que o selênio ajuda a construir. É ela quem traz o caráter antioxidante aos alimentos ricos no mineral, que afastam do corpo os temidos radicais livres, capazes de promover câncer, doenças cardiovasculares e até Alzheimer.


Conheça abaixo algumas das vantagens do mineral:

Cérebro

Além de nos proteger de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, parece que o selênio ajuda a saúde do cérebro de forma mais geral, conforme defendem os estudos dos quais Bárbara fez parte.

Tireoide

O nutriente dá um empurrãozinho para que a glândula consiga manter equilibrados os níveis dos hormônios T3 e T4.

Coração

A deficiência de selênio pode levar à chamada Doença de Keshan, caracterizada por alterações no músculo do coração.

Ossos e articulações

O mineral também preserva a integridade dos ossos e articulações.

Na medida certa

A ingestão de alimentos ricos na substância, no entanto, deve ser feita com parcimônia (lembra da máxima de UMA castanha-do-pará por dia?). Isso porque, em excesso e durantes muitos dias seguidos, o selênio pode se tornar tóxico e gerar sintomas como dores de cabeça, enfraquecimento das unhas e queda de cabelos.

Sim, é possível transformar um alimento saudável no exato oposto. A recomendação diária mínima é de 55 microgramas por dia e nenhum efeito adverso é observados até a dosagem de 400 microgramas por dia – mais ou menos a quantidade presente em uma castanha-do-pará. Mas exagero mesmo é quando a dose excede 800 microgramas.

Alimentos que contêm selênio

De acordo com Bárbara, é difícil determinar com exatidão a concentração desse mineral nos alimentos. “Por exemplo: como o solo na região Nordeste apresenta mais selênio que o da região Sudeste, o feijão plantado por lá vai apresentar mais do nutriente”.

Mesmo assim, as comidas mais ricas no mineral já foram identificadas. Listamos as mais famosas abaixo e a concentração média de selênio em cada uma:

Castanha-do-pará

Até 400 microgramas por unidade

Farinha de trigo

42 microgramas em cada 100 gramas (g)

Pão francês

10 microgramas em cada unidade

Frango

7 microgramas em 100 g

Arroz

5 microgramas em 4 colheres de sopa

Gema de ovo

3,4 microgramas em cada unidade

Carne bovina

3 microgramas em 100 g

Clara de ovo

1,5 micrograma em cada unidade

Feijão

1,5 micrograma em 2 colheres de sopa

Queijo

1,4 micrograma a cada fatia média

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